As imagens HDR (High Dynamic Range) trazem a uma única fotografia tons claros, médios e escuros em seu máximos alcance aproveitamento. Quem fotografa sabe que, ambientes com muito contrastes luminoso são difíceis de fotografar porque precisamos priorizar tons claros ou escuros. Mas com o HDR essa limitação é atenuada.
É possível realizar o efeito HDR manualmente ou a partir da edição fotográfica. Neste artigo, vamos explicar um pouco mais sobre esse método e dicas para realizá-lo. Se interessou em aumentar a qualidade das suas fotografias com esse recurso? Leia até o final e saiba como e quando usar o ajuste HDR em seus cliques!
O que são imagens HDR
As imagens HDR são feitas a partir de um método de processamento de imagens que amplia a faixa dinâmica e, consequentemente, aumenta a capacidade de captação de intensidade de tons em uma mesma imagem.
O efeito HDR clássico é feito a partir da captura de três imagens da mesma cena:
- Subexposta: captura textura em tons claros;
- Bem exposta: traz equilíbrio entre os tons claros e escuros;
- Superexposta: valoriza a textura dos tons escuros.
Reunindo as três imagens, temos mais informação em todos os tons presentes na cena. O que resulta em um aumento de alcance dinâmico de tons e cores. A faixa dinâmica é o intervalo entre o valor mais escuro e mais claro de uma imagem. Quanto maior essa faixa, maior será a qualidade das imagens, pois teremos maiores variações na escala de cor.
O que proporciona, principalmente, imagens de boa qualidade em ambientes escuros ou onde há uma fonte de luz intensa na cena. Com isso, contrastes são neutralizados e enriquecidos, ao ganharem mais informação.
Dicas para realizar imagens HDR
O objetivo da técnica HDR é melhorar a qualidade das suas fotografias, porém, precisamos nos atentar a alguns detalhes, pois em algumas situações ela pode ser mais útil do que em outras para o resultado que desejamos. Listamos alguns exemplos:
- Quando o foco da foto está contra a luz;
- Excelente para fotografias de paisagens;
- Para corrigir fotos de alta exposição à luz;
- Quando Fotografia é um pouco mais lenta;
- Muito útil para fotografias escuras.
Como o HDR atuará principalmente nos níveis de brilho e sombra, ele será mais útil em situações onde a imagem foi prejudicada pela alta ou baixa incidência luminosa, além de conferir detalhes maiores e um aspecto de maior latitude à imagem.
Outro aspecto importante das imagens HDR que deve ser destacado é que elas podem ter uma qualidade superior a imagens 4k em dispositivos mais simples, desde que este tenha suporte para exibir a tecnologia.
Na câmera
Hoje em dia a maioria dos smartphones conta com recursos nativos para capturar fotografias HDR. Na maioria das vezes ele pode ser ativado com poucos cliques no seu aparelho, o que torna tudo muito prático, porém você perde um pouco do controle da edição uma vez que será tratado de forma automática.
Também é importante citar que como haverá um algoritmo rodando após a captura da foto, existirá um delay entre a captura da imagem e a entrega. O que poderá demorar até alguns segundos entre o clique e a fotografia pronta.
Isso pode ser uma desvantagem para alguns tipos de fotografia, como de animais ou esportes, por exemplo, pois é necessário agilidade nesses momentos e frações de segundo podem diferenciar uma fotografia.
Na edição
Essa função era originalmente utilizada apenas em softwares de edição de fotografias e a trabalhar com eles, apesar de um pouco mais complicado, pode ser extremamente vantajoso caso você atue profissionalmente com fotografia.
Basicamente você precisará de 3 fotografias da mesma, podendo facilmente utilizar o recurso de camadas. Nesse sentido, cada uma dessas camadas você acentuará níveis diferentes de luz, brilho e sombra e então utilizará recursos de sobreposição entre essas 3 fotografias para conseguir o aumento da faixa dinâmica, ou seja, para conseguir reunir maior variação de tons claros e escuros.
Então, basta definir a ordem das camadas e trabalhar a opacidade de cada uma delas, testando a ordem e intensidade que melhor compõem a fim o resultado que você deseja obter.
Caso você não seja tão purista, é possível também utilizar recursos automáticos dos aplicativos, como no Photoshop, que dispõe de um ajuste automático de tonalidade HDR, a partir do qual você consegue ótimos resultados rapidamente, com um pouco menos de customização que em relação à edição manual.
Quando usar a técnica de imagens HDR
Ao optarmos por usar um recurso precisamos sempre ter em mente o que esse recurso nos fornece para usá-lo da melhor maneira.
No caso do ajuste HDR, temos manipulações nos pixels que serão selecionados com base na luz e sombra, gerando maior qualidade e latitude. Confira a seguir a lista das melhores situações para usar este recurso:
- Fotografias de paisagens;
- Fotografias captadas com o foco contra a luz;
- Cenas de baixa luminosidade;
- Cenas de alta luminosidade.
Quando evitar a técnica HDR
Apesar do ganho significativo de qualidade na maioria das vezes, existem momentos em que o HDR deve ser evitado. Por exemplo, em retratos, pois trará para a imagem o realce de texturas que podem não satisfazer seus clientes. Muitos profissionais que usam HDR em retratos o fazem para adicionar dramaticidade à imagem, o que é comum entre documentaristas e fotojornalistas.
Caso seja usado em retratos sem a devida moderação, o HDR gerará um aspecto muito artificial e, até mesmo, criará texturas que podem parecer bem estranhas e artificiais. Outras aplicações em que você não deve usar são em cenas que já apresentam níveis adequados de profundidade.
Como vimos, as imagens HDR são um recurso que, se bem utilizado, traz ganhos significativos de latitude e qualidade. O HDR pode ser, realmente, o diferencial que você precisa, caso esteja querendo levar a sua fotografia para o próximo nível.
No entanto, devemos ter atenção a alguns detalhes como incidência da luz na fotografia e, até mesmo, a natureza da fotografia, pois como vimos em algumas situações esse recurso não irá ajudar, podendo até mesmo piorar uma fotografia.
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